Abstract Introduction: Most of traumatic tympanic membrane perforations have inverted or everted edges, however, the effects of inverted and everted edges on the spontaneous healing of the eardrum remain controversial. Objective: We investigated the influence of inverted or everted edges on the spontaneous healing of traumatic tympanic membrane perforations. Methods: The clinical records of patients with a traumatic tympanic membrane perforations who met the study criteria were retrieved and categorized into two groups, based on whether the eardrum was inverted or everted. The features along the edge of each inverted or everted eardrum were described using 30º and 70º endoscopes. Results: In total, 196 patients (196 ears) met the inclusion criteria; of these, 148 had inverted or everted eardrums while 48 did not. Of the 148 patients with inverted or everted eardrums, the perforation edges were everted in 77 patients, inverted in 44 patients, drooping in 17 patients, and both inverted and everted in 10 patients. The perforation shape was triangular in 18.9% of patients, sector-shaped in 11.5%, kidney-shaped in 14.2%, ovoid in 20.3%, and irregularly shaped in 35.1% of patients. The difference was not significant between the with and without inverted/everted eardrum edges groups in terms of the closure rate or closure time. Similarly, the difference was not significant between the with and without edge approximation groups in terms of the closure rate or closure time at the end of the 12-month follow-up period. Conclusion: This study suggests that endoscopic inspection can clearly identify inverted/everted eardrum edges using 30º and 70º endoscopes. The edge is glossy in inverted/everted eardrums, whereas the edge is rough and irregular in non-inverted/everted cases. The inverted/everted eardrums gradually became necrotic, but this did not affect the healing process. Additionally, edge approximation did not improve the healing outcome of traumatic tympanic membrane perforations.
Resumo Introdução: A maioria das perfurações de membrana timpânica traumáticas apresenta bordas invertidas ou evertidas; no entanto, os efeitos dessas configurações sobre a cicatrização espontânea do tímpano continuam a ser uma questão controversa. Objetivo: Investigar a influência de bordas invertidas ou evertidas sobre a cicatrização espontânea de perfurações traumáticas de membrana timpânica. Método: Os prontuários clínicos de pacientes com perfuração traumática de membrana timpânica que preencheram os critérios do estudo foram recuperados e categorizados em dois grupos, baseados na configuração invertida ou evertida das bordas da membrana timpânica. As características de configuração da borda de cada membrana foram descritas com o uso de endoscópios de 30º e 70º. Resultados: No total, 196 pacientes (196 orelhas) preencheram os critérios de inclusão; desses, 148 apresentavam bordas de membranas timpânicas invertidas ou evertidas, enquanto 48 não. Dos 148 pacientes, as bordas da perfuração estavam evertidas em 77 pacientes, invertidas em 44 pacientes, caídas em 17 pacientes e ambas invertidas e evertidas em 10 pacientes. O formato da perfuração era triangular em 18,9% dos pacientes, em forma de fatia de pizza em 11,5%, em forma de rim em 14,2%, ovoide em 20,3% e de forma irregular em 35,1% dos pacientes. A diferença não foi significante entre os grupos com e sem membrana timpânica invertida/evertida em termos de taxa ou tempo de fechamento. Da mesma forma, a diferença não foi significativa entre os grupos com e sem aproximação das bordas em termos de taxa de fechamento ou tempo de fechamento no fim do período de seguimento de 12 meses. Conclusões: Este estudo sugere que a avaliação com endoscópios de 30º e 70º pode identificar claramente as bordas invertidas/evertidas das perfurações de membranas timpânicas. A borda da perfuração timpânica em casos invertidos/evertidos é brilhante, enquanto a borda é áspera e irregular em casos não invertidos/evertidos. O rebordo timpânico invertido/evertido gradualmente torna-se necrótico, mas isso não afetou o processo de cicatrização. Além disso, a aproximação das bordas não melhorou o resultado da cicatrização.
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