Publication date: Available online 29 December 2018
Source: Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
Author(s): Elaine Soares Monteiro Pinto, Maria Cecília Martinelli
Abstract
Introduction
Brainstem auditory evoked potentials in response to complex sounds, such as speech sounds, investigate the neural representation of these sounds at subcortical levels, and faithfully reflect the stimulus characteristics. However, there are few studies that utilize this type of stimulus; for it to be used in clinical practice it is necessary to establish standards of normality through studies performed in different populations.
Objective
To analyze the latencies and amplitudes of the waves obtained from the tracings of brainstem auditory evoked potentials using speech stimuli in Brazilian neonates with normal hearing and without auditory risk factors.
Methods
21 neonates with a mean age of 9 days without risk of hearing loss and with normal results at the neonatal hearing screening were evaluated according to the Joint Committee on Infant Hearing protocols. Auditory evoked potentials were performed with speech stimuli (/da/ syllable) at the intensity of 80 dBNA and the latency and amplitude of the waves obtained were analyzed.
Results
In the transient portion, we observed a 100% response rate for all analyzable waves (Wave I, Wave III, Wave V and Wave A), and these waves exhibited a latency <10 ms. In the sustained portion, Wave B was identified in 53.12% of subjects; Wave C in 75%; Wave D in 90.62%; Wave E in 96.87%; Wave F in 87.5% and Wave O was identified in 87.5% of subjects. The observed latency of these waves ranged from 11.51 ms to 52.16 ms. Greater similarity was observed for the response latencies, as well as greater amplitude variation in the studied group.
Conclusions
Although the wave morphology obtained for brainstem evoked potentials with speech stimulation in neonates is quite similar to that of adults, a longer latency and greater variation in amplitude were observed in the waves analyzed.
Resumo
Introdução
Os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico para sons complexos, como por exemplo, sons de fala, investigam a representação neural destes sons em níveis subcorticais, e refletem com fidelidade as características do estímulo. No entanto, existem ainda poucos estudos que utilizam este tipo de estímulo, e para que este possa ser utilizado na prática clínica é necessário estabelecer padrões de normalidade por meio de estudos em diferentes populações.
Objetivo
Analisar, as latências e as amplitudes das ondas obtidas nos traçados dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico por estímulo de fala em neonatos brasileiros com audição normal e sem risco auditivo.
Método
Foram avaliados 21 neonatos com idade média de 9 dias, sem risco auditivo segundo o Joint Committe on Infant Hearing e com resultado normal para triagem auditiva neonatal. Realizou-se potenciais evocados auditivos por estímulo de fala (sílaba /da/) na intensidade de 80 dBNA e analisou-se a latência e a amplitude das ondas obtidas.
Resultados
Na porção transiente observou-se 100% de ocorrência de resposta para todas as ondas analisáveis (Onda I, Onda III, Onda V e Onda A), e este conjunto de ondas apresentou latência inferior a 10 ms. Na porção sustentada à frequência de ocorrência da Onda B foi de 53,12%; da Onda C 75%; da Onda D 90,62%; da Onda E 96,87%; da Onda F 87,5% e da Onda O 87,5% e a latência observada destas ondas variou de 11,51 ms a 52,16 ms. Observou-se maior similaridade nas latências das respostas e maior variação da amplitude no grupo estudado.
Conclusões
Embora a morfologia das ondas obtidas para os potenciais evocados de tronco encefálico para o estimulo de fala em neonatos, seja bastante semelhante às dos adultos, observou-se maior latência e maior variação da amplitude das ondas analisáveis.
http://bit.ly/2GMHqdg
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